Neurociência e comportamento

A neurociência e o comportamento andam de mãos dadas. Conhecida como neurociência comportamental, essa área abrange o comportamento de humanos e animais, baseado em bases biológicas. Ela também analisa as neurotransmissões enviadas pelo cérebro e eventos psicológicos que podem influenciar a atividade biológica.

A neurociência comportamental também estuda e investiga transtornos mentais que estão diretamente relacionados ao comportamento do indivíduo, dentre eles:

– Ansiedade;

– Depressão

– Transtorno bipolar;

– Esquizofrenia;

– Transtorno de Espectro Autista.

Por estar relacionada a uma enorme parcela de áreas, a neurociência do comportamento cobre uma quantidade grande de tópicos, incluindo genética, neuropsicologia, aprendizado, motivações, memórias e processos sensoriais.

Qual é a importância da neurociência comportamental?

Com os estudos na área comportamental, a neurociência fornece ferramentas para lidar com uma enorme quantidade de problemas relacionados ao comportamento de uma sociedade. As pesquisas nessa área auxiliam os pacientes a lidarem tanto com problemas como sono desregulado até epilepsia e vício com drogas.

Em descobertas recentes, com a ajuda da tecnologia de imagens, foi possível identificar mudanças físicas em áreas do cérebro que ocorrem devido ao vício em drogas. Os locais afetados por essas substâncias são justamente locais que regulam as tomadas de decisões, aprendizado, memória e controle do comportamento.

As tecnologias utilizadas na Neurociência comportamental

Para entender como o funciona o comportamento de um humano ou animal, os neurocientistas precisam monitorar as suas atividades neurais para identificar possíveis alterações nelas. Para isso, é utilizado uma gama de tecnologias que auxiliam nesse estudo. São elas:

– Eletroencefalograma (EEG): o monitoramento por meio do EEG identifica e registra as atividades elétricas do cérebro utilizando eletrodos colocados no couro cabeludo. Com isso, é possível monitorar a corrente iônica dos neurônios. O dispositivo de EEG também consegue digitalizar esses sinais para um computador ou smartphone, assim é possível com que o monitorar e estudar melhor esses processos cognitivos, associando-os com o seu comportamento.

– Ressonância magnética (fMRI): essa técnica fornece imagens e informações detalhadas sobre o funcionamento do córtex cerebral. O fMRI monitora e pode detectar mudanças no fluxo sanguíneo do cérebro ativados por estímulos, ações ou outras atividades neurais.

– Tomografia por emissão de pósitrons (PET): esse exame por imagem é utilizado para ter uma visualização completa e detalhada de um cérebro, sendo possível observar sua anatomia, possíveis mudanças físicas em suas áreas, além de fornecer informações ao nível celular.

Neurociência comportamental vs Cognitiva

É muito comum confundir essas duas categorias da neurociência que, apesar de correlatas, tratam de coisas diferentes. Enquanto a comportamental estuda especificamente as ações do indivíduo, a cognitiva se refere aos pensamentos e ideias. Nesse quesito a neurociência cognitiva abrange tópicos como: cognição social, aprendizado, consciência, memória, percepção e emoção.

Os tratamentos para distúrbios

Apesar de possuírem naturezas diferentes, vários distúrbios comportamentais são estudados e tratados na neurologia e da neurociência. Um médico neurologista irá avaliar cada caso e, em seguida, indicar o tratamento ideal dependendo do distúrbio identificado na pessoa.

Ansiedade: no tratamento da ansiedade, é necessário entender os sintomas e a intensidade deles em cada pessoa. Baseado nisso o tratamento pode envolver a utilização de medicamentos (como antidepressivos) e psicoterapia. O médico também pode recomendar alguma atividade física para complementar no tratamento.

Depressão: no caso da depressão, o paciente tem um acompanhamento de profissionais como neurologistas, psiquiatras e psicólogo. Além dos medicamentos que auxiliam na regulagem da química do cérebro, também haverá uma busca e entendimento de qual foi a causa da depressão e trabalhar nele.

Transtorno bipolar: o transtorno bipolar não possui uma cura, mas pode ser tratado. Medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida são as principais vias de tratamento. Outra recomendação repassada pelos profissionais é a melhora nos hábitos alimentares e estilo de vida que permitam melhores noites de sono e reduzam o nível de estresse.

Esquizofrenia: assim como o transtorno bipolar, a esquizofrenia não tem cura. Entretanto, há tratamentos que ajudam a controlá-la permitindo ao paciente ter uma melhoria na sua qualidade de vida e na ressocialização. Além da medicação e do acompanhamento médico, bons hábitos alimentares também podem ajudar no tratamento.

A neurociência comportamental possui um papel importante no entendimento dessas questões e, a medida que seus estudos avançam, mais eficazes serão seus tratamentos e mais próximas se encontram as curas para distúrbios que ainda não podem ser eliminados por completo.

Dr. Bruno Gonzales Miniello – Neurologista

CRM: 145.455

RQE 89792

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Dr. Bruno Miniello

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