Demência: o que é? Quais são seus sintomas e tratamentos?

Diferente do que se imagina, a demência não é uma doença, mas sim um conjunto de sintomas que afeta algumas funções do cérebro. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2021, há cerca de 50 milhões de pessoas com alguma forma de demência, enquanto o Brasil possui cerca de 1,2 milhão de pacientes com os sintomas.

Ainda conforme o site do Ministério da Saúde, há estimativas de que em 2030, os números de pessoas com demência podem chegar até 74,7 milhões e 131,5 milhões em 2050 por conta do envelhecimento da população.

Nesse post, entenda o que é, seus sintomas, tipos e tratamento.

As definições do que é demência

Assim como falado anteriormente, a demência não é uma doença, mas sim um conjunto de sintomas que afetam o cérebro. Dentre as principais funções afetadas estão as habilidades sociais, raciocínio, linguagem, funções cognitivas e memória.

Os sintomas da demência podem aparecer devido a diversas doenças neurodegenerativas, dentre elas a mais conhecida é a Doença de Alzheimer, responsável por 60% dos casos. Dessa porcentagem, a maior parte dos afetados são pessoas idosas acima de 85 anos.

Apesar do estigma de que as pessoas mais velhas tenham demência, é importante ressaltar que essa condição não é natural e, independentemente da idade, precisa ser tratada como qualquer outra doença.

A demência pode surgir por consequência de diversos fatores que causam algum dano degenerativo nos neurônios. As células relacionadas ao aprendizado e a memória normalmente são as primeiras a serem comprometidas. Dessa forma, a perda de memória é um dos primeiros sintomas.

Os principais tipos de demência

Há diversos tipos de demências e estão relacionadas a diferentes doenças. De acordo com um estudo feito para o Brazlian Journal of Psychiatry, as principais são:

  • Doença de Alzheimer: afeita a degeneração de neurônios e comprometimentos de funções cognitivas. Pode ser desenvolvido por questões genéticas, sedentarismo, tabagismo e traumatismo craniano. Sobre o Alzheimer, você pode ler mais sobre nesse post.
  • Demência vascular: ocorre quando o suprimento de sangue do cérebro é prejudicado por algum problema cardiovascular ou cerebrovascular. Essa variação pode ocorrer principalmente por conta de um AVC.
  • Demência por corpos de Lewy: ocorre perda das funções mentais. Nesse caso, o paciente vive em um constante estado de alerta ou sonolência, podendo ter alucinações. Além disso, há dificuldades em desenhar e se movimentar, semelhante à doença de Parkinson.
  • Demência frontotemporal: atinge os lombos frontais do cérebro. Esse distúrbio pode causar mudanças comportamentais, de personalidade e dificuldades compreensão e execução da fala.

Os sintomas e os primeiros sinais

Por ser consequência de diversas doenças, os sintomas da demência podem variar. Porém, devido a sua natureza degenerativa, os sinais mais comuns de uma demência são:

  • Perda de memória: o esquecimento frequente de coisas pode ser um dos sintomas mais precoces da demência;
  • Dificuldades em usar a linguagem: o comprometimento da fala, da escrita e da comunicação;
  • Maior dificuldade na execução de tarefas diárias: outro sinal de demência é quando a pessoa passa a ter constantes dificuldades em executar atividades corriqueiras do cotidiano.
  • Mudanças bruscas de personalidades: é um dos sintomas mais tardios, mas que acompanham boa parte das demências.

Dentre os sintomas precoces podemos citar os seguintes:

  • Perda de memória recente;
  • Esquecer ou ter dificuldades em encontrar a palavra certa;
  • Se perder em caminhos conhecidos;
  • Esquecer onde deixou objetos.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento da demência

O diagnóstico é um passo importante tanto para o paciente quanto para os familiares. Por conta da grande variabilidade de demências, o processo pode ser complexo e envolver uma série de exames.

O primeiro passo nesse caso é procurar um médico neurologista que irá fazer uma verificação minuciosa do histórico do paciente. O profissional irá verificar histórico familiar, doenças que fazem parte dos antecedentes. Tendo uma visão do quadro clínico do paciente, ele irá pedir que seja feito uma bateria de exames.

Dependendo dos sinais e sintomas que o paciente apresentar, o neurologista pode solicitar o seguinte:

  • Testes cognitivos e neuropsicológicos;
  • Tomografia;
  • Ressonância Magnética;
  • Testes de laboratório;
  • Avaliação psiquiátrica.

Conforme o resultado do diagnóstico, o tratamento da poderá variar. Em uma matéria publicada pela IstoÉ, alguns hábitos simples podem ajudar no avanço da demência, dentre eles estão:

  • Adotar uma alimentação saudável;
  • Evitar sobrepeso;
  • Não fumar;
  • Controlar o colesterol, bem como as taxas de açúcar no sangue;

Caso alguns dos sintomas detectados, é importante procurar uma ajuda médica o mais breve possível. A demência, quando tratada de maneira preventiva e em seus primeiros estágios, pode ser freada e permite que o paciente possa ter uma vida saudável.

Dr. Bruno Gonzales Miniello – Neurologista

CRM: 145.455

RQE 89792

Referências

CARAMELLI, Paulo; BARBOSA, Maira Tonidandel. Como diagnosticar as quatro causas mais freqüentes de demência? Brazilian Journal of Psychiatry, v. 24, p. 7-10, 2002. Disponível em: <https://www.istoedinheiro.com.br/habitos-simples-podem-diminuir-desenvolvimento-da-demencia-diz-estudo-confira/> Acesso em: 19/07/2022

Hábitos simples podem diminuir desenvolvimento da demência, diz estudo; confira. IstoÉ Dinheiro. Publicado em 2022. Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/habitos-simples-podem-diminuir-desenvolvimento-da-demencia-diz-estudo-confira/ Acesso em: 19/07/2022

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Dr. Bruno Miniello

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