O vínculo entre a tecnologia e a medicina

Quando falamos de tecnologia na medicina, logo pensamos em telemedicina, cirurgias robóticas, laudos eletrônicos, aparelhos ultrassom e dentre outros termos contemporâneos. Entretanto, não é de hoje que a tecnologia e medicina andam lado a lado. Graças a invenção da máquina de Raio-X e Ultrassom, por exemplo, o médico pode realizar diversos diagnósticos precisos e que pouco mais de um século seria praticamente impossível sem realizar um exame de forma invasiva, com à vida do paciente.

Neste artigo, iremos abordar alguns tópicos que ajudaram a nossa sociedade alcançar tamanho avanço dentro da medicina e como essa evolução poderá ser o futuro da medicina.

A evolução da tecnologia e medicina ao longo da história

Desde a antiguidade, a medicina sempre esteve em constante evolução, acompanhando a evolução humana. Há 2500 anos, Hipócrates, considerado como pai da medicina, iniciou seus primeiros estudos nessa área de clínica, contribuindo para a evolução humana.

Na idade média, já eram feitos alguns processos cirúrgicos, ainda que, devido à falta de higiene e infraestrutura, eles só eram realizados em casos mais graves de vida ou morte. Nessa mesma época também foram criados alguns medicamentos que serviam como analgésicos e aplicados ao paciente antes da cirurgia.

Já no século XV, com a chegada do Renascimento, houve um aumento no investimento nas universidades de ciências, além de grande liberdade intelectual, permitindo grandes evoluções no estudo de anatomia e nas cirurgias. Esses avanços permitiram que os processos de amputação, por exemplo, fossem muito mais precisos, salvando incontáveis vidas.

No século XIX o físico alemão Wilhem Conrad foi responsável por uma revolução jamais vista na medicina, com a criação do Raio-X, possibilitando que o médico agora pudesse ver o interior do corpo humano de uma maneira não invasiva e permitindo realizar diversos diagnósticos que até então eram simplesmente impossíveis de se chegar. Em 1887, o britânico Augustus Waller criou o primeiro eletrocardiograma. Já em 1901, o fisiologista holandês Willem Einthoven conseguiu acompanhar o funcionamento do coração em detalhes de um paciente utilizando o mesmo aparelho criado por Waller.

Com a chegada da Segunda Guerra Mundial e a invenção do telefone, a medicina teve um novo salto na velocidade em que as informações podiam viajar. Juntamente com a tecnologia de ondas de rádios, agora era possível que houvesse uma robusta comunicação e troca de dados entre os médicos na fronte de batalha, hospitais e bases militares.

A medicina e a tecnologia no século XXI

No século XXI, com a popularização da internet, permitiu-se que as consultas fossem remotas, além dos prontuários dos pacientes serem disponibilizados em portais, não sendo mais necessário a ida até o consultório para retirar os resultados de exames. Além disso, com a tecnologia das impressões em 3D, hoje é possível criar próteses nesses equipamentos a partir dos moldes do corpo e facilmente acoplá-lo no lugar de um membro do corpo ausente.

Com a pandemia do covid-19 e a necessidade de isolamento social por quase dois anos, a tecnologia médica conhecida como telemedicina foi a alternativa que acelerou ainda mais o processo de atendimento remoto. Por conta dos benefícios da telemedicina, o risco de exposição a contaminação do vírus diminuiu tanto para o paciente quanto para o profissional, permitindo que o acompanhamento de tratamentos pudesse ser feito de maneira segura.

Apesar de suas vantagens, a telemedicina ainda possui algumas barreiras que podem vir a dificultar um pouco sua utilização, a principal delas é a necessidade de se haver uma boa conexão de internet tanto por parte do paciente quanto do médico.

A tecnologia hoje e os novos desafios da medicina

Estima-se que a humanidade irá evoluir mais nos próximos 20 anos, do que evoluímos nos últimos 300. Essa velocidade já pode ser vista hoje dentro do campo da medicina. Segundo um artigo publicado pela Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, no Rio de Janeiro, três hospitais já realizam cirurgias por robótica, totalizando aproximadamente um número de 700 procedimentos feitos de maneira remota.

Seguindo esse exemplo, não fica muito difícil de imaginar que outras inovações como lentes de contatos conectadas a WiFi e realidades virtuais possam aparecer no nosso cotidiano, e no futuro próximo. Com novas tecnologias como o 5g, a tendência é que as consultas médicas se tornem ainda mais rápidas, permitindo que resultados que poderiam demorar meses para serem concluídos, agora levem dias no máximo.

Toda essa necessidade de que as coisas precisam ser dinâmicas e instantâneas nos levanta alguns alertas sobre os rumos que estamos tomando. Um deles é a precarização das profissões, especialmente a do médico, para suprir uma demanda que exige cada vez mais velocidade no atendimento. O cuidado para não renunciar a preceitos como qualidade, ética e condições humanas de trabalho em troca de quantidade se vê crucial para que a tecnologia não seja o caminho de volta para a idade média.

Dr. Bruno Gonzales Miniello – Neurologista

CRM: 145.455RQE 89792

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Dr. Bruno Miniello

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