Como a neurociência explica a criatividade?

De acordo com a neurociência, a criatividade se define como fazer algo comum por meio de um jeito inédito. Uma pessoa criativa não é apenas alguém que tem ideias de conceitos novos, mas também, irá realizar a execução desse conceito de uma forma que se demonstre útil.

Um dos fatores que fizeram a raça humana se tornar uma espécie dominante, foi justamente sua criatividade que está muito acima dos outros animais.

Isso está ligado diretamente ao fato de que somos muito adaptáveis e, essa qualidade, vem muito por conta da capacidade de que nossa criatividade está sempre em evolução e criando processos úteis em nossa sobrevivência.

Entretanto, como o cérebro funciona de forma que a criatividade é estimulada? Nesse artigo iremos mostrar como a neurociência explica esse fenômeno.

De onde vem a criatividade?

Em uma matéria publicada pelo site Pais e Filhos, do portal Uol, é mostrado um estudo em que cientistas realizaram testes em cérebros de músicos e analisaram seu funcionamento em situações que envolvem a música.

No estudo, foi mostrado que os artistas que não possuíam experiência em improvisar, tinham seu lado direito do seu cérebro mais estimulado. Enquanto isso, os artistas mais experientes na improvisação, tinham sua atividade cerebral mais intensa no lado esquerdo do órgão.

A conclusão desse estudo, mostra que ambos os lados do cérebro são estimulados quando se trata de criatividade. Porém, dependendo da atividade feita, pode ser que um dos hemisférios do cérebro acabe sendo usado mais que o outro.

A neuroplasticidade do cérebro é a maior responsável por esse fenômeno. Por ser um órgão que pode se adaptar rapidamente, o cérebro consegue lidar e assimilar situações atípicas e fazer com que nossa vida continue mesmo num mundo movido a constantes mudanças.

Um cérebro criativo, que exercita frequentemente suas ligações neurais de forma que intensifique as atividades dos seus hemisférios, consegue executar ideias de formas inesperadas, mas, simultaneamente, práticas.

Isso vai muito além de apenas “criar”, mas também pode se aplicar a outros sentidos como:

– Se reinventar;

– Imaginar;

– Repensar uma situação;

– Mudar o ponto de vista sobre um determinado assunto.

Como exercitar a criatividade?

Para a neurociência, a criatividade está em todos. Ainda que haja mais pessoas em que essa característica seja mais visível, cada humano pode exercitá-la de maneira que possa não apenas trazer benefícios intelectuais, como também para a saúde.

Dessa forma, existem algumas coisas que podem ajudar na cultivação da criatividade. Dentre elas estão:

Sono: dormir bem vem se provando cada vez mais necessário para diversas áreas da saúde. No caso do cérebro e da criatividade não é diferente. Ter um sono regular, saudável e restaurador, pode ajudar na compreensão e no discernimento de diversas questões.

Em um artigo publicado no site Science Advances mostrou que, uma pessoa com o sono em dia e descansada, tinha três vezes mais chances de resolver exercícios matemáticos que uma pessoa que se manteve acordada por mais tempo.

Buscar por novos caminhos

Ao tentar encontrar maneiras alternativas de solucionar uma questão, o cérebro irá começar a criar caminhos para essa solução. Dessa forma, conforme isso for exercitado, o cérebro aceitará com muito mais facilidade e energia o novo.

Manter a mente livre, mas não procrastinando

Se tem uma coisa que auxilia no exercício da criatividade é dar a oportunidade de manter sua mente livre. Dessa liberdade, nasce a imaginação fundamental para o processo criativo.

Entretanto, é importante não confundir isso com a procrastinação. Para não cair nessa armadilha, é necessário entender que uma mente livre ainda precisa ter um foco.

Praticar exercícios físicos, escrever, ler, pintar ou outros hobbies são exemplos de focos para manter sua mente livre, mas ainda com um objetivo. Ao deixar ela na procrastinação, há uma possibilidade maior de que, com o tempo, desenvolvam-se sintomas de ansiedade e depressão.

Diversidade

Quanto mais tempo seu cérebro estiver em contato com situações diversas ou até mesmo adversas, melhor ele saberá como lidar com elas. Conforme mais vivência com conceitos diferentes uma pessoa experimenta, mais conexões neurais serão geradas, auxiliando na criatividade.

Adversidades também pode ser uma aliada nesse momento. Não é raro vermos que, situações que fogem da zona de conforto, trazem aprendizados e, consequentemente, novos métodos para resolver questões semelhantes no futuro.

Assim como qualquer outro órgão do corpo, o cérebro precisa ser exercitado diariamente para proporcionar uma melhor qualidade de vida. Dessa forma, quanto mais a criatividade for estimulada, maiores serão os benefícios que ela poderá trazer com o tempo.

Dr. Bruno Gonzales Miniello – Neurologista

CRM: 145.455

RQE 89792

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Dr. Bruno Miniello

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