Benefícios dos jogos eletrônicos para a memória e o cérebro

beneficio dos jogos eletronicos

Quem nunca ficou fissurado em jogos eletrônicos no celular e ficou horas por dia no aplicativo? Pois é, a população brasileira tem uma média global de 4 horas e 48 minutos diários no smartphone e grande parte desse tempo é gasto em aplicativos de jogos.

O que são jogos eletrônicos?

Jogos eletrônicos são aplicativos em mobile, console, notebook ou qualquer outro aparelho eletrônico que possibilita ao usuário se divertir e passar o tempo realizando uma atividade on-line.

Baixamos muitos aplicativos em nosso celular, seja redes sociais ou até mesmo jogos eletrônicos, alguns dos mais famosos são: Termo, Wordle, Letreco e até mesmo o famoso Contexto. Enfim, estamos expostos a muitas informações o dia inteiro, mas já parou para pensar que os jogos eletrônicos podem ter muitos benefícios para o cérebro?

Benefícios dos jogos eletrônicos

Se você tem redes sociais, viu que está em alta esses jogos eletrônicos para celular. Por isso, vamos falar um pouco mais sobre os benefícios desses aplicativos ao cérebro:

  • Estímulo: quanto mais você exercita sua capacidade de raciocinar, pensar e decorar os jogos, mais você estimula seu cérebro a plasticidade cerebral (neuroplasticidade);
  • Raciocínio lógico: vejamos jogos que funcionam como “jogo da forca”, “adivinhação” ou até mesmo “desafios”. Quando as pessoas jogam, é necessário pensar e ter raciocínio lógico para chegar a um determinado resultado, como: acertar a palavra em pouco tempo, evitar erros, entender a conclusão para passar de fase, entre outras coisas;
  • Habilidades neurais: com os estímulos e o raciocínio lógico, o processo de aprendizagem pode ser facilitado e até mais prazeroso quando o indivíduo está realizando ginástica cerebral;
  • Oportunidades profissionais: a conexão com as redes sociais pode ser grande facilitador para conexão com profissionais que tenham os mesmos interesses que os usuários de app;
  • Aprendizagem: quando utilizados em processos de aprendizagem de forma positiva, os alunos conseguem desenvolver os conteúdos relacionados aos jogos efetivamente, utilizando tecnologia no processo de tomada de decisões, estabelecer estratégias e uso da linguagem visual e sonora para as crianças;
  • Memória: os jogos podem trazer benefícios muito positivos para o cérebro, visto que com o envelhecimento pode ocorrer algumas alterações nas habilidades cognitivas, como o esquecimento. Com os jogos, é possível desenvolver e aumentar o volume cerebral para diminuir o déficit progressivo.

O médico neurocirurgião e coordenador do ambulatório de doenças do envelhecimento no Hospital das Clínicas, Dr. Fernando Gomes, relata “Qualquer pessoa, mesmo sem nenhuma doença, pode e deve utilizar essa metodologia para aumentar a performance cerebral, intelectual e cognitiva” (FORBES, 2022).

Ainda mais, alguns jogos como Fit Brains Trainer e Lumosity foram desenvolvidos por especialistas justamente para estimular os circuitos neurais.

O primeiro jogo foi desenvolvido na Universidade de Pittsburgh nos Estados Unidos, pelo professor Paul Nussbaum, dividido em 360 jogos para estímulo desde a velocidade de raciocínio até a capacidade de concentração, em 3 níveis de dificuldade.

Malefícios dos jogos eletrônicos

Assim como os vícios, os jogos eletrônicos possuem diversos malefícios que devem ser levados em consideração ao escolher um novo hábito on-line, como:

  1. Obesidade: a escassez de alimentação adequada e exercício físico é prejudicial quando pensamos em jogos eletrônicos, já que tudo é feito pelo PC ou celular. Por isso, é necessário equilibrar entre as atividades físicas e virtuais;
  2. Síndrome do olho seco: a exposição excessiva à luminosidade prejudica os olhos e deixa-os desidratados. Os sintomas podem envolver desde desconforto, sensibilidade à luz e olhos vermelhos e inflamados;
  3. Audição: o alto volume de som nos aparelhos eletrônicos causam grandes malefícios a longo prazo;
  4. Postura: inclinados incorretamente com falta de postura são alguns dos principais motivos para dores nas costas e problemas de saúde como: lordose, hérnia de disco ou escoliose;
  5. O uso de aparelhos eletrônicos durante horas auxilia na falta de concentração em outras atividades que não envolvam celular.

Joguinho de celular para a memória

O celular faz parte da nossa rotina de estudo, trabalho e lazer. Para a população idosa, os joguinhos de celular têm uma função de ginástica cerebral, por exemplo, o relato de João Medeiros, de 91 anos, diz que:

[…]palavras cruzadas e os criptogramas fazem parte da sua vida desde os seus 20 anos. Tentou adotar o futebol como hobby, mas quando entrava em campo, percebia que não tinha talento. Já com as palavras cruzadas, diz que identifica seu talento e os impactos que os jogos trazem para sua vida. “Sou bom no português, mas há algumas palavras que eu não conheço e os jogos acabam me ensinando. Assim, eu aprendo e a memória faz o trabalho para os próximos jogos. Mas às vezes ela falha. (ACidadeOn, 2022)

Na pesquisa de ACidadeOn publicada em 2022 afirma que o joguinho de celular pode trazer benefícios que envolvem memória, educação, raciocínio lógico e criatividade.

Ultrapassando a esfera do emocional, o cérebro faz novas sinapses e conexões com o estímulo dos joguinhos de celular, com benefícios cognitivos a longo prazo.

Com isso, jogos eletrônicos podem ser utilizados como algo positivo em diversas idades, em atividades de lazer e estímulo do cérebro, ao passo que é necessário tomar precauções para não trazer malefícios.

Dr. Bruno Gonzales Miniello – Neurologista

CRM: 145.455

RQE 89792

REFERÊNCIAS

Saraiva. Maria Laura. Ginástica cerebral: 10 aplicativos que prometem potencializar as atividades intelectuais. FORBES, 2021.

PESTANA, Júlia. O joguinho do celular pode te trazer benefícios. Especial para o Estadão. 27 de junho de 2022. Disponível em:

https://www.acidadeon.com/brasil-e-mundo/NOT,0,0,1780499,O-joguinho-do-celular-pode-te-trazer-beneficios.aspx

MUNGUBA MC et al. Jogos eletrônicos: Apreensão de Estratégias de Aprendizagem, 2003. Disponível em http://www.unifor.br/hp/revista_saude/v16/artigo7.pdf.

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Dr. Bruno Miniello

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