Os diferentes sintomas da hidrocefalia

A hidrocefalia ocorre quando há o acúmulo de líquido cerebral entre as camadas de tecido interno que envolvem o cérebro. Apesar de ser muito conhecida por afetar recém-nascidos e crianças, essa doença também pode afetar adultos até idosos. Nesse post, explicaremos como a hidrocefalia se manifesta nessas idades e seus respectivos sintomas.

Como a hidrocefalia afeta o cérebro? Quais são os sintomas?

Com seu nome derivado de duas palavras: hidro (água) e cefalia (cabeça), essa água na cabeça é, na verdade, uma quantidade excessiva de líquido cefalorraquidiano (LCR). Por conta do alto volume circulando no sistema ventricular cerebral, o fluxo do LCR pode ser bloqueado, causando a hidrocefalia.

Esse excesso de líquido pode ser ocasionado por vários fatores, seja no nascimento ou no decorrer da vida. Dessa forma, a hidrocefalia pode conter três tipos mais comuns e podem aparecer em diferentes momentos da vida. São eles:

Hidrocefalia congênita

Esse tipo de hidrocefalia ocorre ainda na formação no feto. Suas causas podem ser genéticas, que acabam ocasionando uma má-formação no sistema nervoso central. O uso de drogas por uma gestante durante o período da gravidez também pode levar ao desenvolvimento da hidrocefalia. Além disso, infecções como sífilis, citomegalovírus e toxoplasmose também são causas comuns de hidrocefalia.

Os bebês que possuem essa condição nascem com as seguintes características:

– Os olhos que aparentam sempre estar com um olhar baixo;

– Cabeça maior do que o normal, por conta do rápido crescimento do crânio;

– Veias da cabeça dilatadas, assim como a moleira;

Quando a criança possui mais de um ano, esses sintomas podem ser um pouco diferentes.

– Dor de cabeça;

– Dificuldade em caminhar;

– Movimentos involuntários dos olhos;

– Visão embaçada;

– Náuseas e vômitos;

– Mudanças bruscas de humor e fácil irritabilidade;

– Dificuldades na fala, memória e aprendizagem.

Hidrocefalia adquirida

Esse tipo de hidrocefalia pode ocorrer tanto antes do nascimento, mas também no decorrer da vida. Ela pode ser consequências de traumatismos cranianos, derrames, tumores, hemorragias cerebrais e infecções. Os principais sintomas da hidrocefalia adquirida são:

Dor de cabeça;

– Náuseas e vômitos;

– Perda de equilíbrio;

– Visão embaçada.

Além disso, caso a hidrocefalia adquirida não for corretamente tratada, ela pode causar danos permanentes ao cérebro, prejudicando o desenvolvimento físico e mental do paciente. Em casos mais graves, consegue levar a pessoa a óbito.

O diagnóstico da hidrocefalia

Durante a gestação, o diagnóstico da hidrocefalia é possível por meio de exames rotineiros de ultrassom, durante o pré-natal. Apesar disso, a forma mais comum de saber que uma criança tem hidrocefalia é após o seu nascimento, por conta dos sintomas físicos.

Outros procedimentos podem ser feitos pelo neurologista para confirmar o diagnóstico dessa condição. Exames de ultrassom na região do cérebro permitem revelar os ventrículos cerebrais dilatados por conta da hidrocefalia. Além disso, tomografia e ressonância magnética também são meios de se confirmar o diagnóstico.

Tratamento

Infelizmente a hidrocefalia não possui cura, no entanto, se o tratamento for iniciado assim que os primeiros sintomas aparecerem, o paciente pode ter uma vida normal. Nos casos mais leves, o uso de medicação pode ajudar na manutenção do fluxo do LCR.

Já em outras ocasiões, a intervenção cirúrgica pode ser a melhor opção. Nesse caso, o procedimento consiste em reduzir a pressão intracraniana, desviando o excesso do LCR para a cavidade abdominal.

No tratamento da hidrocefalia congênita, que não foi causada pela genética ou doenças infecciosas, há duas formas possíveis de intervenção médica ainda na gestação. A primeira delas é criando uma cavidade no ventrículo para desviar o líquido acumulado. A segunda é introduzindo um cateter que desvia o excesso de LCR, impedindo que ele crie uma obstrução.

Por outro lado, existem maneiras preventivas para evitar a hidrocefalia. Uma delas é estar em dia com as vacinações, evitando a contaminação de doenças infecciosas que podem ocasionar a hidrocefalia.

Outro modo de prevenção é a utilização de capacetes e cintos de segurança. Assim, a cabeça fica protegida de ferimentos graves e reduz a chance de AVCs ou outras consequências que podem ocasionar a hidrocefalia.

Dr. Bruno Gonzales Miniello – Neurologista

CRM: 145.455

RQE 89792

Compartilhe:

Dr. Bruno Miniello

Online

Agende sua consulta, informe os dados abaixo:

O Bruno Miniello utiliza cookies e outras tecnologias para melhorar a sua experiência. Ao continuar navegando, você concorda com a utilização dessas tecnologias, como também, concorda com os termos da nossa política de privacidade.