O avanço da inteligência artificial na medicina e neurociência

A inteligência artificial anda de mãos dadas com a medicina e a neurociência, pois está presente no dia a dia da telemedicina, teleUTI, teleinterconsulta e teleconsulta.

Nos estudos, a IA não para de ser investigada, saindo do imaginário dos cientistas para estar presente no nosso cotidiano.

Com ela, é possível avançar na compreensão do cérebro humano, entender os mecanismos do sistema nervoso para então avaliar o complexo de ações na mente humana, considerando a linguagem natural e a tomada de decisões.

Mas o que é inteligência artificial?

De sigla IA, a inteligência artificial faz parte de um conjunto de sistemas ou máquinas que visam aprimorar suas funções para “imitar” e “compreender” o funcionamento da inteligência humana, realizando tarefas e coletando padrões de comportamentos para então repeti-los.

Quanto à IA na medicina, podemos citar a neurociência e a terapia digital, refere-se a sistemas ou máquinas que imitam a inteligência humana para realizar tarefas e podem se aprimorar iterativamente com base nas informações que coletam.

Além disso, as tecnologias que utilizam da IA envolvem desde aplicativos de celular até big data, machine learning e algoritmos combinados ao prontuário eletrônico do paciente (PEP).

Inteligência Artificial: dos seus avanços ao seu uso na medicina

O matemático Alan Turing marcou a filosofia da inteligência artificial com o teste de Turing. No teste proposto no artigo “Computing Machinery and Intelligence”, o ser humano e um computador deveriam responder, por escrito, a pergunta de uma pessoa, a qual deveria tentar identificar qual deles era a máquina.

A IA também ganhou espaço na medicina. Com a combinação de grandes centros de dados, prontuários eletrônicos de pacientes e algoritmos, a inteligência artificial pode fazer uma avaliação se baseando no histórico do paciente e, após uma análise comparativa, indica a melhor terapia para ele.

Em 2011, a IBM lançou um supercomputador chamado de Watson. A partir de uma tecnologia que utiliza redes neurais, essa Inteligência artificial consegue armazenar uma quantidade imensa de dados e compará-los. Graças a essa capacidade do Watson, a IA absorveu diversas informações a partir de livros, artigos e prontuários.

A eficácia dos diagnósticos realizados pelas Inteligências Artificiais alcançou números impressionantes. A IA do Google voltada para medicina, o DeepMind, obteve uma eficácia de 70% em sua performance para identificar quais imagens estavam relacionadas ao melanoma.

Ainda em relação aos exames com imagens, a IA pode ser uma grande aliada na análise de fotos tiradas a partir de exames. Dada a capacidade cada vez mais avançada em conseguir reconhecer padrões visuais, algoritmos de softwares podem comparar um banco de imagens inteiro e apontar quaisquer alterações incomuns no corpo do paciente.

No dia a dia, podemos ver a IA sendo aliada a medicina em objetos como pulseiras de monitoramento. Nelas, são captados dados como: batimentos cardíacos, pressão sanguínea e saturação do oxigênio. Tudo isso é armazenado e pode ser utilizado como dados pelos médicos.

Benefícios e vantagens da IA na medicina.

São muitas as vantagens que a Inteligência Artificial pode trazer para o cotidiano da medicina. Dentre algumas delas estão as seguintes:

– Agilidade na pesquisa, recuperação e comparação de dados.

– Cálculo automatizado para dosagem de remédios.

– Automação de tarefas repetidas para os funcionários de hospitais e clínicas. Melhorando na performance e produtividade dos funcionários.

– Criação de tratamentos personalizados dependendo do histórico de cada paciente.

– Auxílio na gestão de consultórios, clínicas e hospitais.

O uso da IA na neurologia

Assim como em outras áreas da medicina, a IA na neurologia possibilitou um leque de oportunidades. Sua utilização na área pode auxiliar nos exames de tomografia, ultrassonografia e ressonância magnética.

Outro ponto relevante para o uso da IA é o diagnóstico para antecipação de riscos. Por meio do auxílio da Inteligência artificial, há softwares que conseguem calcular as possibilidades de um paciente ter um AVC, por exemplo.

Em uma reportagem publicada pela BBC, cientistas estão desenvolvendo uma IA capaz de diagnosticar demência após uma única tomografia cerebral. Além disso, o software também consegue prever se essa condição irá permanecer estável ou se necessitará de tratamento imediato.

Esse diagnóstico é feito graças a capacidade da IA de conseguir comparar milhares de imagens de outros pacientes e identificar padrões que podem levar a resultados que se assemelhem uns aos outros.

Mesmo caminhando a passos largos, esse avanço não deve ser visto como uma substituição para o diagnóstico humano, mas sim como um apoio ao médico. Por ser algo que está em constante evolução, o uso da Inteligência artificial na medicina e na neurologia ainda é algo que trará muitos benefícios no futuro.

Dr. Bruno Gonzales Miniello – Neurologista

CRM: 145.455

RQE 89792

Referências

O SISTEMA de inteligência artificial que pode diagnosticar demência em um dia: por que você nem sempre gosta das coisas que deseja? BBC News Brasil, 2021. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-58158159> Acesso em: 18/07/2022

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Dr. Bruno Miniello

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