Entenda o que é a distonia

Sendo um distúrbio de um grupo ou apenas um músculo, a distonia pode causar movimentos involuntários que prejudicam diversas partes do corpo como: postura e mobilidade. Além disso, podem também causar dores intensas. As origens da distonia são diversas, podendo ser genética ou consequência direta de outra doença, como Parkinson.

O que é a distonia?

A distonia é um distúrbio que afeta um ou mais músculos de uma pessoa, causando diversos problemas nessas áreas. Dores, contrações involuntárias e repetitivas, além de danos na postura são algumas das principais características da distonia.

Essas contrações, por serem muito fortes, podem afetar em diversas atividades simples como caminhar, comer, dormir e até mesmo falar.

Esse distúrbio é resultado uma falha na comunicação entre células e os circuitos do cérebro que operam e controlam os movimentos do corpo. Assim, quando um músculo é contraído por conta da distonia, o cérebro também inibe outros músculos, causando diversos espasmos na mesma região.

Normalmente as distonias se iniciam em uma região específica: pescoço, cordas vocais, rosto, pernas ou braços. Em alguns casos mais raros, as pálpebras e a movimentação dos olhos também tem chance de serem afetados.

Outra característica da distonia é o fato de que ela pode se agravar em momentos de estresse emocional. Nesse caso, a intensidade das contrações diminui durante o sono ou momentos de repouso.

Os tipos de distonia e suas causas

A distonia possui dois tipos e cada um deles está relacionado diretamente as suas causas.

Distonia primária: é quando esse distúrbio é uma condição única e não deriva de outra doença. Sua origem é genética e hereditária, ainda que nem sempre haja um histórico familiar.

Distonia secundária: é causada em decorrência de outra doença ou causas possíveis. Esse tipo de distúrbio tende a aparecer quando há alguma alteração no sistema nervoso, seja pelo uso de medicamentos ou acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Dentre as principais doenças, que podem trazer consigo a distonia secundária, estão: doença de Parkinson, esclerose múltipla e hipoparatiroidismo. Além disso, inflamações no cérebro ou condições de infecção também podem causar a distonia secundária.

Fora essa classificação, existem outras subcategorias de distonia, que estão relacionadas ao corpo humano. São elas:

Segmentar: quando a condição afeta duas ou mais partes do corpo que estão próximas;

Focal: ocorre quando a distrofia se limita a uma área específica que atinge pescoço, olhos, mandíbula, boca e cordas vocais;

Multifocal: tem essa característica quando as contrações ocorrem em partes distantes do corpo;

Hermidistonia: ocorre quando metade do corpo é afetado pela condição;

Distonia generalizada: normalmente ela começa em apenas uma parte do corpo, no entanto, ela se espalha para uma ou mais regiões com o passar do tempo.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da distonia pode ser feito por qualquer médico que identifique os padrões de contrações e dos movimentos involuntários. Porém, para identificar qual tipo de distonia afeta o paciente, o profissional mais indicado é o médico neurologista.

São várias etapas que compõe o diagnóstico. O primeiro deles é averiguar o histórico de doenças do paciente, além do histórico familiar.

Caso o médico suspeite que a distonia é consequência de outra doença, ele pode solicitar a realização de outros exames para identificar a causa. Dependendo da suspeita, os exames podem variar como: tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Além disso, testes de laboratório, exames com imagem e testes genéticos podem ser necessários para que o diagnóstico seja preciso.

O tratamento

Ao ser diagnosticado, o tratamento irá variar conforme a sua causa, o tipo e a intensidade dela. Por ser um distúrbio que ainda não possui cura, o principal papel do tratamento é reduzir a intensidade dos sintomas para que o paciente consiga viver sua vida sem que eles o atrapalhem nas atividades cotidianas.

Os medicamentos são uma das alternativas para o tratamento de distonia. Muitos deles auxiliam na atenuação das contrações e dos movimentos involuntários.

Além disso, uma alternativa ao tratamento principal são as atividades físicas. Exercitar o corpo regularmente auxilia o paciente a manter sua mobilidade, equilíbrio e flexibilidade. Lembrando que as atividades precisam da permissão do profissional de saúde para que elas não possam causar ainda mais danos.

Em casos mais graves, a estimulação cerebral profunda (também utilizada no tratamento de Parkinson) pode reduzir os sintomas da distonia. Esse procedimento é feito por estímulos elétricos em certas regiões do cérebro responsáveis pelo controle dos movimentos musculares.

A distonia é um distúrbio que pode se desenvolver antes dos 20 anos. Quanto mais cedo os sintomas aparecerem em um paciente, mais chances há deles se espalharem por outras partes do corpo. Por isso, é importante que, ao verificar os sintomas, o paciente procure um médico neurologista para haver um acompanhamento e controle na intensidade das contrações.

Dr. Bruno Gonzales Miniello – Neurologista

CRM: 145.455

RQE 89792

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Dr. Bruno Miniello

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