A serotonina é uma substância química que transmite informações por dentre os neurônios. Popularmente, ela é conhecida pela regulagem do humor, ganhando o apelido de “hormônio da felicidade”. Mas, além disso, ela também é responsável por outros benefícios ligados diretamente a uma qualidade de vida melhor e bem-estar. Entenda mais sobre o que ela é e seus benefícios nesse post.
As funções da serotonina
Sendo um hormônio neurotransmissor, a serotonina age em diversos aspectos dentro do corpo humano. Por ser responsável pela regulagem do humor, é comum seu nome estar relacionado, de certa forma, com a felicidade. Além da comunicação entre o cérebro e células nervosas, a serotonina é encontrada em plaquetas do sangue e no sistema digestivo.
A produção de serotonina está diretamente relacionada ao humor. Ao produzir mais serotonina, a sensação de felicidade irá aumentar, assim como a sua ausência, causará o oposto: a tristeza.
Além disso, a serotonina também é responsável pelas seguintes funções:
– Regulação do apetite: por estar presente também no intestino, a serotonina tem papel importante na digestão de alimentos;
– Sono: a serotonina é a responsável por fazer a regulação dos momentos de adormecer e despertar;
– Coagulação sanguínea: a serotonina auxilia na vasoconstrição, facilitando a coagulação do sangue;
– Função sexual: a serotonina está diretamente ligada com a libido, então sua proporção está ligada diretamente ao desejo sexual.
Como a serotonina é adquirida?
Em casos em que seja necessário aumentar a produção do hormônio, uma boa alternativa é recorrer a alimentos ricos em triptofano, um aminoácido na composição da serotonina. Dentre alguns exemplos de comida estão:
– Banana;
– Abacaxi;
– Chocolate amargo;
– Leguminosas;
– Aveia;
– Leite.
Outra forma que pode aumentar os níveis da serotonina são os exercícios físicos. Conforme SALMON (2001) explica, a prática de atividades físicas gera diversos benefícios para a saúde, seja de forma física, quanto psicológica. Dentre as melhoras citadas por SALMON (2001), consta que exercícios físicos podem auxiliar no controle de ansiedade e depressão. Natação, ciclismo, corridas e caminhadas, são alguns dos exercícios aeróbicos recomendados.
Outra dica é passar mais tempo ao ar livre também ajuda. De acordo com YOUNG (2007), a produção de serotonina tem uma ligação direta com a exposição à luz do dia. Juntamente com exercícios físicos, esse hábito irá ajudar na melhora do humor.
De acordo com uma notícia publicada no site UOL, em estações em que há menos luminosidade (sendo a mais comum o inverno), a serotonina é produzida em menor escala. Isso ocorre, porque, com a ausência da luz, o organismo entende que o ambiente mais escuro representa um cenário ideal para sono e preguiça.
O que pode causar a falta de serotonina e quais são seus sintomas?
Por ser um hormônio ligado diretamente ao humor, a serotonina pode ser diminuída por conta de estresse ou alimentação inadequada.
Alimentos que alteram a flora intestinal ou que são mais difíceis de digerir e podem atrapalhar na absorção de triptofano, enzima fundamental para a produção de serotonina.
Já o estresse faz com que a pessoa fique ansiosa e nervosa com mais frequência, aumentando o cortisol e causando uma queda na produção de serotonina.
Com a diminuição prolongada da serotonina, as funções do corpo que ela tem influência também serão afetadas, podendo causar os seguintes sintomas:
– Mau-humor;
– Problemas com concentração;
– Perda de memória;
– Ansiedade;
– Depressão.
Tratamento
Como citado anteriormente, a alimentação e exercício físico são dois fatores fundamentais para o organismo ter uma boa produção de serotonina. No caso dos alimentos, além daqueles ricos em triptofano, os que possuem um valor considerável de carboidratos também podem ajudar, desde que sejam ingeridos de forma regular.
Já os exercícios físicos podem ir desde ciclismo e natação até caminhadas e corridas. Além da sensação de bem-estar, atividades como essas auxiliam também na saúde de forma geral e no metabolismo.
Além disso, relembrar memórias positivas, praticar um hobby e rever fotografias que remetem a momentos felizes também ajudam na produção da serotonina.
A genética também pode ser um fator determinante no momento de se medir o nível de serotonina. Muitas pessoas podem ter uma deficiência na quantidade desse hormônio em seu organismo.
Em casos em que os sintomas pareçam ser persistentes e serem perceptíveis há um bom tempo, é recomendando procurar um profissional neurologista, para ele poder traçar um planejamento adequado de tratamento dependendo do caso de cada paciente.
Dr. Bruno Gonzales Miniello – Neurologista
CRM: 145.455
RQE 89792
Referências
SALMON, Peter. Effects of physical exercise on anxiety, depression, and sensitivity to stress: a unifying theory. Clinical psychology review, v. 21, n. 1, p. 33-61, 2001.
YOUNG, Simon N. How to increase serotonin in the human brain without drugs. Journal of Psychiatry and neuroscience, v. 32, n. 6, p. 394-399, 2007.